sábado, 18 de dezembro de 2010

Hors Concours

Pronuncia-se /ór concur/. Não é Inglês e nada tem a ver com cavalos, como alguns pensam (confundem com "horse"). É Francês, e significa, literalmente, "fora da competição, fora do concurso". Usa-se para algo excepcional que vai ser apresentado numa exposição, numa mostra, sem estar competindo com os demais, até por ser de qualidade superior. Por exemplo: numa exposição de quadros dos alunos de uma faculdade de Artes, pode haver um pintor, já famoso, que apresente as suas obras "hors concours" - isto é, ele não está competindo, senão não teria graça. Por causa desse significado, dizemos que qualquer coisa é "hors concours" quando é o máximo, sem comparação: "a comida deste restaurante é hors concours".

sábado, 11 de dezembro de 2010

Voltar à vaca fria

É uma expressão usada para retornar ao assunto principal em uma conversa, discurso ou discussão, que foi interrompida por divagações em temas periféricos. Como a vaca entrou nessa, é outra história.
De acordo com o professor Ari Riboldi, no seu livro 'O Bode Expiatório', essa expressão é a tradução da muito usada na França "revenouns à nous moutons", ou seja, voltemos aos nossos carneiros. Essa frase fazia parte da peça teatral 'A farsa do Advogado Pathelin', sobre um roubo de carneiros.
Esta peça, considerada a primeira comédia da literatura francesa, data do fim da Idade Média, precisamente do ano de 1460. Infelizmente, não se tem conhecimento do seu autor.
Porém, a tradução para o português da expressão acabou transformando os carneiros em uma vaca. Essa distorção, segundo Riboldi, possivelmente se deva ao fato de que era costume, em Portugal, servir um prato frio feito com carne de gado antes das refeições, ao qual muitos comensais recusavam. Estava dispensda, assim, a "vaca fria".

Que massada!


É uma alusão à fortaleza de Massada na região do Mar Morto, Israel, reduto de Zelotes, onde permaneceram anos resistindo às forças romanas após a destruição do Templo em 70 d.C., culminando com um suicídio colectivo para não se renderem, de acordo com relato do historiador Flávio Josefo. Exclamação usada para referir uma tragédia ou contra-tempo.

Dose para cavalo

Dose para cavalo , dose para elefante ou dose para leão são algumas das variantes que circulam com o mesmo significado e atendem às preferências individuais dos falantes. Supõe-se que o cavalo, por ser forte; o elefante, por ser grande, e o leão, por ser valente, necessitam de doses exageradas de remédio para que este possa produzir o efeito desejado. Com a ampliação do sentido, dose para cavalo e suas variantes é o exagero na ampliação de qualquer coisa desagradável, ou mesmo aquelas que só se tornam desagradáveis com o exagero.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Fazer das tripas coração

Não se sabe ao certo quando surgiu a frase "fazer das tripas coração", usada quando alguém consegue resistir a uma adversidade mais do que se supunha possível. Mas é fácil entender o que a expressão significa.
É claro que as tripas, ou intestinos, são muito importantes para qualquer organismo. Mas nada se compara ao coração, órgão responsável pela circulação do sangue, que transporta oxigênio e nutrientes para as células.
Assim, "fazer das tripas coração" é realizar um esforço sobre-humano, comparável ao de pegar as tripas, com suas funções bem mais limitadas, e conseguir que elas assumam a importância que tem o coração.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Lua de mel

A expressão vem do inglês honeymoon. Na Irlanda, na Idade Média, os jovens recém-casados tinham o costume de tomar uma bebida fermentada chamada mead – ou hidromel, composta de água, mel, malte, levedo, entre outros ingredientes. O mel era considerado uma fonte de vida, com propriedades afrodisíacas. A bebida deveria ser consumida durante um mês (ou uma lua). Por essa razão, esse período passou a ser chamado de “lua de mel”.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Pensando na morte da bezerra

A história mais aceitável para explicar a origem do termo é proveniente das tradições hebraicas, nas quais os bezerros eram sacrificados para Deus como forma de redenção de pecados.
Um filho do rei Absalão tinha grande apego a uma bezerra que foi sacrificada. Assim, após o animal morrer, ficou se lamentando e pensando na morte do mesmo. Após alguns meses o garoto morreu. Foi desta forma que surgiu tal expressão.

Bafo de onça

A onça é um animal carnívoro que se lambuza bastante na hora de comer a caça. Por esta razão, fede muito e sua presença é detectada à distância na mata. Assim, pessoas que possuem o hálito fétido passaram a ser chamadas de "bafo de onça". A expressão também faz referência ao hálito de quem está (ou esteve) alcoolizado.

Estar com a pulga atrás da orelha

Significa estar preocupado, desconfiado ou suspeitar de algo ou alguém. Mas qual será a origem desta expressão? Bom, durante milhares de anos, o ser humano foi vítima desse bichinho impertinente. Até meados do século XX, a pulga era, sem dúvida, um problema muito grave: montes de pulgas viviam nos colchões, nas almofadas, nos cabelos, nos armários... Agora imaginem o desconforto de alguém, que acorda no meio da noite com uma dor horrível no ouvido, e encontra uma pulga sugando seu sangue?