A expressão ainda é bastante popular, mas já não faz sentido, pela simples razão de que não se usa mais ficha para falar em telefone público. Agora é cartão.
Vale a pena contar um pouco de história. Desde 1930, os telefones públicos funcionavam com moedas de 400 réis. Veio a inflação, e galopante, o que fez com que, a partir dos anos 70, o governo preferisse a utilização de fichas. Só com elas seria possível acionar os chamados orelhões, equipamento urbano que virou figurinha fácil nas cidades brasileiras, embora vândalos e cafajestes, sem motivo algum, destruíssem boa parte deles, verdadeira estupidez. Esse tipo de ficha só caía após ser completada a ligação, o que fez nascer a expressão cair a ficha, ou seja, o momento em que conseguimos entender alguma coisa. As fichas desapareceram em 1992 e deram lugar aos cartões, até hoje em vigor, mas a expressão continua sendo lugar comum em nosso cotidiano.
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